Lembrei de Roberto DaMatta, em seu festejado Carnavais, Malandros e Heróis, em capítulo intitulado Sabe com quem está falando? Um ensaio sobre a distinção entre indivíduo e pessoa no Brasil. Na essência, extrai-se do texto de DaMatta, a pessoa sente-se titular de direito, enquanto o seu interlocutor é mero indivíduo, sem qualquer expressão. Quando alguém pergunta sabe com quem está falando? ou suas variáveis, como, por exemplo, você sabe quem eu sou?, e é um agente público, há, quase sempre, abuso de autoridade, principalmente quando tenta intervir em fato visando superar a lei.
Circula na internet desde segunda-feira, 19, o vídeo que se reproduz nesta postagem. O episódio, segundo o Diário Catarinense, deu-se na quinta-feira, 15, quando, em uma blitz, policiais, constatando irregularidade em automóvel dirigido pelo filho da Excelentíssima Desembargora Rejane Andersen, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, decidiram por apreender o veículo.
A respeito, leia também os pronunciamentos da Excelentíssima Desembargora Rejane Andersen e da Associação dos Magistrados Catarinenses, impressos também no Diário Catarinense. Primorosos ao cotejá-los com os diálogos contidos no vídeo.
Um comentário:
E a punição máxima é uma aposentadoria compulsória com remuneração proporcional. Coisa do Olimpo!
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