Horondino José da Silva, conhecido como Dino 7 Cordas, filho de Caetano José da Silva e de Cacemira Augusta da Silva, nasceu no Rio de Janeiro. Autodidata (somente na década de 40 teve aulas de teoria musical), teve ainda na infância contato com o violão. O pai, músico amador, tocava o instrumento. De ouvido, reproduzia as músicas que ouvia no rádio.
Empregou-se, concluído o curso primário, como operário em uma confecção de calçados. Por essa época, em festas e saraus familiares, revezava, com o pai, no violão. Em uma dessas ocasiões, conheceu o Jacó Palmieri (pandeirista) e Augusto Calheiros (cantor), que o conduziriam à profissão de músico - já em 1934 acompanhava Calheiros em espetáculos circenses.
Conheceu, em 1935, líder do conjunto Benedito Lacerda, o mais prestigiado conjunto regional da época. 'O Jacob do Pandeiro [Jacob Palmieri] me levou para conhecer o Benedito no Camiseiro, na Rua Larga [atual Marechal Floriano]. Ele quis ver se eu tocava mesmo, pegou um violão e botou na minha mão. E aí eu comecei a descascar o abacaxi', lembra Dino, divertido.
Por essa época, já dominava o repertório musical de toadas, valsas e sambas que aprendia através do rádio. Seu modelo de acompanhamento era fornecido pela dupla Nei Orestes e Carlos Lentine, violonistas do Regional de Benedito Lacerda, um dos mais sólidos regionais da época. Esse tipo de aprendizado foi definitivo em sua carreira. Daí vieram o repertório e a capacidade de acompanhar diversos gêneros, entre tantas outras peculiaridades.
Em 1943, quando o Regional de Benedito Lacerda exibia-se no programa 'Piadas do manduca' de Lauro Borges, conheceu aquela que seria sua grande companheira, Dª Rosa, com quem teve um filho, Dininho, também músico (contrabaixista) com grande atuação na MPB. Em 1954, ao mandar fazer seu primeiro violão de sete cordas, o que o fez um dos pioneiros do gênero no Brasil, passou a ser conhecido como Dino Sete Cordas.
Em 1974 arranjou e gravou o primeiro disco do Cartola.
O maestro Horondino nunca fez questão de ter seu nome na capa de nenhum disco, mas por insistência de um dos seus discípulos mais famosos, em 1991 gravou o Raphael Rabello e Dino 7 Cordas.
Em seus últimos anos de vida dava aulas de violão.
Morreu de pneumonia no Hospital do Andarai, no Rio de Janeiro
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