O Brasil acolheu, na semana passada, manifestações acerca das liberdades de imprensa e de expressão. O mote foi a irritação do presidente Lula com as denúncias de supostas malfeitorias em seu governo veiculadas em órgãos de comunicação. Duas das manifestações tiveram um certo ar surrealista: a que pugnava pela restrição da liberdade de imprensa deu no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo; e a que se rebelava ao rompante presidencial, defendendo tal liberdade, deu-se no Clube Militar, no Rio de Janeiro. Lançou-se, ainda, por um grupo de notáveis, o Manifesto em Defesa da Democracia - clique aqui para assiná-lo. O Estado de São Paulo, o Folha de São Paulo e O Globo publicaram editoriais a respeito. O primeiro, fazendo história, declarou apóio à candidatura de José Serra.
Do Extra veio a mais criativa crítica à postura do Presidente Lula. Deu-se na edição de sexta-feira, 24. A ideia da capa foi luminosa. Como uma carta de baralho, em um sentido, o elogio, seguido de “Essa é a manchete para quem acha que o papel da imprensa é bajular os donos do poder e, por isso, deve publicar apenas notícias positivas do governo. Denúncias de falcatruas são um abuso, uma forma de conspiração”.
Virando a capa, a reprimenda, seguida de “Essa é a manchete para os que acham que o dever da imprensa é fiscalizar os atos de qualquer governo, denunciando os desvios e lembrando aos donos do poder que eles não estão acima do bem e do mal”.
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