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Mário Chamie, um dos nomes mais importantes das vanguardas surgidas no final da década de 1950, nasceu em Cajobi, Estado de São Paulo.
Fez o curso de Direito na Universidade de São Paulo entre 1952 e 1956. Em 1994, conclui o doutorado em ciência da literatura na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Estreara na poesia com o livro Espaço inaugural (1955) e, três anos depois, recebeu o Prêmio Nacional de Poesia, com Os rodízios (1958), seu terceiro livro. Com o livro seguinte - Lavra lavra (1962) - recebeu o Prêmio Jabuti. Fundou e dirigiu, também em 1962, a revista Práxis, que liderou um novo movimento: o poema-práxis como uma dissidência do movimento concretista. Ao conceituar e polemizar a poesia práxis, desenvolveu intenso trabalho no campo do ensaio literário, porém sem abandonar a poesia. Assim, lançou Now tomorrow mau (1963); Indústria (1967); Planoplenário (1974); Objeto selvagem (1977), em que reuniu a sua produção poética; Sábado na hora da escuta (1979), uma antologia de poemas selecionados da obra completa; A quinta parede (1986); Natureza da coisa (1993); Caravana contrária (1998). São produções ensaísticas: Palavra-levantamento (1963); Alguns problemas e argumentos (1969); Intertexto (1970); A transgressão do texto (1972); Instauração práxis (1974); A linguagem virtual (1976); Casa da época (1979) e A palavra inscrita (2004).
Seus poemas foram publicados em francês, inglês, italiano, espanhol, alemão, holandês, árabe e tcheco.
Foi Secretário da Cultura da cidade de São Paulo de 1979 a 1983, inaugurando, em sua gestão, a Pinacoteca Municipal, o Museu da Cidade de São Paulo e o Centro Cultural São Paulo - CCSP.
Desde 2004 exercia o cargo de professor titular de comunicação comparada da Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM. Trabalhava ainda no programa 50 por 1, que Álvaro Garneiro apresenta na Rede Record.
Mário Chamie estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde faleceu em decorrência de uma parada cardíaca.
Leia mais sobre a morte do poeta no Estado de São Paulo e no Folha de São Paulo.
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