Foto de autoria não identificada. |
Virgulino Ferreira da Silva, terceiro filho de José Ferreira da Silva e de Maria Lopes, nasceu na fazenda Ingazeira, de propriedade de seus pais, em Vila Bela, atual Serra Talhada, Pernambuco. Recebeu a alcunha de Lampião, diz a lenda que o envolve, pela modificação que fizera em um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava como se fosse um lampião - uma outra versão sustenta que o apelido vem do fato de atirar bem no escuro.
Virgulino aprendeu a ler e escrever, o que era bastante incomum para a região agreste e pobre onde morava. Infante ainda, já ajudava o pai na fazenda.
Após o seu pai ter perdido a sua propriedade para o vizinho, José Saturnino, por decisão de um coronel, Virgulino e seus irmãos mais velhos - Antônio e Livino - juntaram-se ao cangaceiro Sinhô Pereira para vingar a família, sentimento aprofundado com a morte do pai, em 1922, pela polícia, em um cerco ao sítio da família.
Afastado do cangaço Sinhô Pereira, Virgulino assumiu o comando do bando, agindo em vários Estados nordestinos, refugiando-se, em 1926, no Ceará. Proposta por padre Cícero, o bando de Virgulino aceitara lutar contra a Coluna Prestes em troca de anistia e patente do Batalhão Patriótico, porém o pacto foi rompido após perseguição pela polícia.
Sua companheira, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930, após largar o marido. Como as demais mulheres do grupo, vestia-se como cangaceiro e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha - Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932.
O bando de Virgulino sofreu uma emboscada dos macacos na fazenda Angicos, situada no município de Poço Redondo, no sertão de Sergipe. Virgulino foi um dos primeiros a morrer.
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