CADÊ?

abril 24, 2008

O amor é possível*

Ela mirou a Cyber-shot para o seu rosto uma, duas, três, quatro vezes, enquanto ele sorvia o açaí que lhe tinha sido servido. A cada foto, ela, sorridente, mostrava-lhe o feito. A contragosto, olhava-a. Findo o açaí, levantou-se, com ela seguindo-lhe à distância, contrariada.
Quando ela disse-lhe que a esperasse e ameaçou transformar comprar em verbo irregular, suprimindo as primeiras pessoas do singular e do plural, parou, abraçou-a, tentando entrelaçá-la, e beijou-a.

* Conto extraído do blog Confraria Tarântula, postado em 16 de abril.

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