CADÊ?

março 28, 2012

Passagem: Millôr Fernandes


Foto: Sérgio Moraes / Agência O Globo.


Leia mais sobre o artista apertando aqui.

Um Editorial e tanto





Quem senta no próprio rabo e se põe a cortar o dos outros corre o risco de se tornar anuro na primeira vacilada. Esse aforismo construído a martelo ilustra bem a situação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que passou anos na Câmara Alta interpretando o papel de Catão, o Censor, e, tal qual o político romano, defendendo rígidos valores éticos e acusando supostos ou comprovados transgressores da lei e dos bons costumes. De repente, fica-se sabendo de suas relações muito próximas com um notório contraventor, pivô do primeiro grande escândalo do governo Lula, o bicheiro Carlinhos Cachoeira, amigo íntimo e parceiro constante, a julgar pelas mais de 300 ligações telefônicas gravadas entre os dois pela Polícia Federal. Demóstenes viu-se forçado, ontem à tarde, a renunciar à liderança do DEM no Senado e encara a possibilidade de ser expulso do partido, conforme admitiu o presidente da legenda, o senador Agripino Maia (RN), caso o procurador-geral da União decida propor ao STF, com base em "argumentos sólidos", o indiciamento do senador goiano. E cabe, aliás, perguntar: por que ainda não propôs?
O caso Demóstenes é mais um que se inscreve na galeria dos recentes atentados à ética na vida pública. Independentemente de pronunciamento da Justiça sobre o episódio, o senador democrata já está em débito com as práticas saudáveis da política republicana pelo simples fato de ter, até o momento, resistido à obrigação que sua condição de homem público lhe impõe de prestar amplo esclarecimento sobre as acusações extremamente graves que lhe têm sido feitas, como a de ter pedido ou aceitado dinheiro emprestado do bicheiro Cachoeira, preso em decorrência da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Aperte aqui e leia o editorial Diferentes, porém iguais na íntegra.



Um pequeno exemplo da ditadura cubana


Nani


Charge de Nani,
veiculado em seu site, o Nani Humor.


março 27, 2012

Billy Wilder



Foto de autoria não identificada.



Billy Wilder (Samuel Wilder), filho de Max Wilder e Eugenia Dittler, ambos judeus, nasceu em Sucha, na Galícia, na atual Polônia - sua mãe e avós, durante a II Guerra Mundial, morreram em Auschwitz.
Abandonou, quando jovem, os estudos de Direito assim que começou a trabalhar como repórter num jornal em Viena. Mais tarde, com a experiência acumulada, foi trabalhar em um grande tablóide em Berlim. Frequentava, nessa época, ambientes teatrais, o que o levou a colaborar como roteirista nos filmes mudos alemães.
Depois da ascensão de Hitler, em 1933, emigrou para França, onde dirigiu o seu primeiro filme, Curvas Perigosas, junto com Alexander Esway
Para fugir da guerra, mudou-se para os Estados Unidos, e mesmo sem dominar o idioma, ingressou em Hollywood com a ajuda do ator Peter Lorre, com quem dividia um apartamento. Em 1940, adotou a nacionalidade americana.
Em parceria com Charles Brackett, escreveu clássicos como Ninotchka (1939) e Bola de fogo (1941). A partir de 1942, a dupla começou a fazer filmes, com Brackett produzindo e Wilder na direção. São dessa época clássicos como Pacto de Sangue (1944), Cinco covas no Egito (1943), Farrapo humano (1945) e Crepúsculo dos deuses (1950), encerrando com este filme a parceria.  
Outros clássicos de sua filmografia: A montanha dos sete abutres (1951), O pecado mora ao lado (1955), Testemunha de acusação (1957), Quanto mais quente melhor (1959) e Se meu apartamento falasse (1960).
É de 1981 o seu último filme: Amigos, amigos, negócios à parte.
Foi indicado ao Oscar 21 vezes, levando para casa 6 estatuetas, sendo duas delas de melhor diretor.
Billy Wilder morreu de pneumonia, aos 95 anos de idade, após enfrentar problemas de saúde, incluindo câncer, em Beverly Hills, Los Angeles.