CADÊ?

outubro 31, 2008

Lehman Brothers, Marx & Sons*



Quando o Lehman Brothers entrou em bancarrota, provocando a implosão de Wall Street, os filhos órfãos de Karl Marx começaram a disseminar uma narrativa ideológica da crise que é tão desonesta quanto reacionária. Essencialmente, eles dizem que o neoliberalismo faliu e que a causa da catástrofe é a desregulamentação do mercado financeiro. Neste mantra, convertido em senso comum, uma mentira factual fica protegida atrás da paliçada conceitual de uma fraude.

O neoliberalismo não faliu porque não existe. A fraude conceitual ampara-se no ocultamento dos dados empíricos. Nos anos 20, tempos do liberalismo, os gastos públicos sociais nos EUA (pensões, educação, saúde e welfare) não alcançavam 5% do PIB. Depois, com o New Deal e os "30 anos gloriosos" do pós-guerra, criou-se o Estado de Bem-Estar e os gastos sociais cresceram até perto da linha de 20% do PIB. Segundo o teorema histórico que emoldura a noção de neoliberalismo, o Estado de Bem-Estar ruiu sob os golpes hayekianos de Ronald Reagan. Mas - surpresa! - os números contam outra história. A "era Reagan" não provocou contração dos gastos sociais, conseguindo apenas estabilizá-los temporariamente. Hoje, eles ultrapassam os 20% do PIB (veja o gráfico no blog http://www.terra.com.br/economia/blog/iconomia/index.htm, de Gilson Schwartz).

O Estado de Bem-Estar é um fruto da democracia de massas. O neoliberalismo só poderia existir com a restauração da democracia restrita dos tempos do liberalismo, quando o direito de voto era privilégio de uma minoria. Os filhos de Marx não entendem isso porque hostilizam o princípio democrático, que imaginam representar uma invenção "burguesa". Eis o motivo pelo qual suas análises econômicas se chocam com os dados empíricos.

Na hipótese de desabamento de um viaduto condenado por erros de engenharia, deve-se culpar a lei da gravidade? É algo assim que fazem os filhos de Marx quando atribuem o colapso financeiro a uma combinação de ganância com livre mercado. A referência à "ganância" nada diz sobre esta crise específica, pois o imperativo do lucro é um traço estrutural da modernidade capitalista, mas diz muito acerca de um pensamento econômico contaminado pelos dogmas do cristianismo medieval. Quanto à desregulamentação, ela só existe no mundo imaginário dos ideólogos.

O economista Steven Horwitz escreveu uma carta aberta a seus "amigos da esquerda" identificando as diversas regulamentações políticas que incentivaram o tsunami especulativo no mercado imobiliário (o link está no blog de Gilson Schwartz). Ele prova factualmente que o mercado no qual se armou a tragédia nada tem de liberal, articulando-se sobre uma teia de regras, emanadas do Executivo e do Congresso, que pavimentaram o caminho rumo à concessão de empréstimos cada vez mais arriscados. Fannie Mae e Freddie Mac são corporações hipotecárias tecnicamente privadas, mas patrocinadas pelo poder público, que operavam sob garantia de resgate estatal em caso de falência. As agências reguladoras autorizaram-nas, em 1995, a entrar no mercado de subprime e exigiram dos bancos privados um aumento dos empréstimos imobiliários para devedores com poucos recursos. A "ganância" fez o resto, mas no ambiente de liquidez abundante, propício à especulação, gerado pela política monetária do banco central americano e pela política fiscal do governo Bush.

Para salvar sua narrativa ideológica sobre os mercados desregulamentados os filhos de Marx erguem um Muro de Berlim metodológico entre as esferas da economia e da política. O conservador Horwitz é mais honesto, evidenciando a presença ubíqua da "mão visível" do Estado no financiamento privado do mercado imobiliário americano. Mas a sua honestidade tem limites, definidos por uma perspectiva ideológica. A utopia inviável de Horwitz é um retorno à idade de ouro liberal e ele prefere criticar a "mão visível" democrata à republicana. Por esse motivo, menciona só de passagem a política econômica da "era Bush" e, sobretudo, não a vincula à guerra no Iraque.

Pela primeira vez na história, uma guerra de grandes proporções foi conduzida por um governo que não conclamou os cidadãos a fazerem sacrifícios, mas, explicitamente, a "irem às compras". A mistura tóxica de juros baixos e cortes de impostos com um déficit orçamentário crescente formou o pano de fundo da ciranda especulativa num mercado intensamente regulamentado. A implosão das altas finanças nos EUA, contagiando os mercados internacionais e anunciando a recessão global, não é obra exclusiva do governo Bush, mas tem as digitais de uma "mão visível" disposta a tudo para assegurar apoio interno à política externa cruzadista dos neoconservadores. A análise econômica reacionária dos filhos de Marx oculta tudo isso.

Neoliberalismo é um signo que adquiriu diferentes significados desde o seu uso inicial, no fim do século 19. A partir das "revoluções" de Reagan e Margaret Thatcher, contudo, sua utilização se disseminou e seu significado deslizou rumo a um colapso. Depois da queda do Muro de Berlim, neoliberalismo sofreu um processo de redução fetichista, convertendo-se em senha de identificação coletiva de uma confraria dos derrotados - algo como um lenço de lapela pelo qual um nostálgico do "socialismo real" reconhece seus iguais. Não há problema nisso, com a condição de que a nostalgia de uma minoria não destrua a capacidade pública de decifrar o sentido das coisas.

Marx podia estar fundamentalmente errado, mas nunca deixou de buscar as articulações entre economia e política. Seus órfãos, traindo-o, inventaram uma economia "neoliberal" desregulamentada e denunciam uma "contradição" fatal quando os governos "neoliberais" se preparam para estatizar o núcleo do sistema financeiro. Eles não percebem que um padrão de regulamentação está sendo substituído por outro. Nem que a "mão visível" da política está presente nos dois.



* Texto - veiculado em o Estadão -, publicado neste blog devidamente autorizado pelo autor, sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP.

Grupo Tarântula e Vencidos

Esta postagem registra Vencidos como fato, como se vê de exemplar preso à minha mão. Aí, mais uma vez, o Grupo Tarântula reunido, desta vez na APCEF. Não me lembro a autoria da foto.
Nesta foto, presumivelmente de autoria de Bezerra JP, é o J. L. Rocha do Nascimento quem expõe o Vencidos.


Atualização da postagem, às 00h17min. de novembro, 1º: A primeira foto, lembrada em comentário aqui publicada, é de F. Wilson.

Sagrada Família

Foto sem crédito lembrado.


Antes de findo os anos de 1970, quatro jovens, todos acadêmicos de Direito, planejavam, após formados, associarem-se em escritório de advocacia, sob a denominação de Sagrada Família. Na foto, a partir da esquerda, Rogério Newton, J. L. Rocha do Nascimento, Paulo Henrique do Couto Machado e este blogueiro.

O destino prega peças, e a Sagrada Família nunca se formou como uma associação de advogados. Mas tive a felicidade de partilhar sociedade com Rogério Newton e Paulo Henrique do Couto Machado, que, depois, foram se integrar à Defensoria Pública do Estado do Piauí, onde se encontram até hoje. J. L. Rocha do Nascimento honrou o jurídico da Caixa Econômica Federal, e hoje é Juiz do Trabalho em Picos.


Aqui, em foto também sem crédito lembrado, Rogério Newton, este blogueiro e J. L. Rocha do Nascimento.

outubro 30, 2008

Da formação do Grupo Tarântula II

Foto: M. de Moura Filho

Airton Sampaio, Bezerra JP e J. L. Rocha do Nascimento, à moda João Antônio, em um dos muitos momentos em que a literatura foi discutida com diversão.

Foto sem crédito lembrado.

O Grupo Tarântula - Bezerra JP, Airton Sampaio, J. L. Rocha do Nascimento e este blogueiro - quando já consumada a produção de Vencidos.

Da formação do Grupo Tarântula

Foto: M. de Moura Filho

Um passeio por Teresina: Bezerra JP e J. L. Rocha do Nascimento na Praça Da Costa e Silva. Desclassificados Airton Sampaio, Bezerra JP, J. L. Rocha do Nascimento e este blogueiro em um dos Concurso de Contos João Pinheiro, esta é uma das tantas fotos que registram o início do Grupo Tarântula, na face de produção da coletânea Vencidos.

Foto: Bezerra JP

Nesta foto, ainda na Praça Da Costa e Silva, J. L. Rocha do Nascimento e este blogueiro.

Foto: M. de Moura Filho

Bezerra JP e J. L. Rocha do Nascimento, em passeio, ao que parece, nas proximidades da Praça da Bandeira.

outubro 29, 2008

Geração 1970: alguns representantes

Foto sem crédito lembrado.

Planejava, antes mesmo de me ausentar por uns dias deste blog, algumas postagens que remetessem à geração de 1970, graças ao acervo fotográfico de J. L. Rocha do Nascimento. A oportunidade é realçada pela divulgação, no blog de Emerson Araújo, de e-mail de Chico Castro destinado ao blogueiro, e a resposta deste, devidamente repercutidos na Kenard Kaverna: entre sem bater, sob os títulos Carta aberta de Chico Castro a Emerson Araújo e Carta aberta de Emerson Araújo a Chico Castro, veiculadas na terça-feira, 29, e hoje, embora o alvo seja Cineas Santos.
Na foto acima, a partir do primeiro plano, Emerson Araújo, Willian Melo Soares, Bezerra JP, Salgado Maranhão, este blogueiro, e J. L. Rocha do Nascimento. Depois do reencontro deste blogueiro e de J. L. Rocha do Nascimento com o conto, todos os representantes da geração de 1970 na foto eternizados continuam com os seus sonhos, os seus delírios e suas realizações no Piauí, à exceção de Salgado Maranhão.

outubro 24, 2008

O lançamento de O país dos petralhas em Brasília


O lançamento de O país dos petralhas, de Reinaldo Azevedo, em Brasília, ocorrerá no próximo dia 28, terça-feira, às 19h00min., na Livraria Leitura, no Shopping Pátio Brasil. A sessão de autógrafo dar-se-á às 19h30min., depois do apresentação do livro pelo autor, às 19h00min.
A Livraria Leitura localiza-se no SCS Quadra 7, Bloco A, 2º Pavimento, Loja P238.

outubro 23, 2008

Sarah Menezes Expedito Falcão

A judoca piauiense Sarah Menezes conquistou, hoje, o título do Campeonato Mundial Júnior, em Bangkok, derrotando, na final, a turca Derya Cibir por ippon aos 2min.23 do combate.
Deu-se, com essa conquista, o segundo título mundial de uma mulher do país na modalidade - a primeira foi Fabiane Hukuda, em 2000, e que hoje compete pela Áustria.

Mais um Salão de Humor

Informações no site da Medplan.

Leiam

Sem palavras

Ique


Charge extraída JB Online.

Medicamento antifumo da Pfizer pode levar à morte, dizem pesquisadores*


Pesquisadores norte-americanos afirmaram nesta quarta-feira (22) que o Chantix, medicamento para inibir a vontade de fumar produzido pela Pfizer, pode causar lesões e até levar à morte.

No Brasil, o medicamento, que leva o nome de Champix, está aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é comercializado desde 2006.

Segundo pesquisa da Universidade Wake Forest junto a um instituto sem fins lucrativos focado em práticas seguras de medicação, foram registrados mais de mil problemas de saúde e lesões no primeiro trimestre deste ano em doentes que tomavam o medicamento, incluindo 50 mortes.

Os cientistas analisaram dados de pós-comercialização submetidos à FDA (agência reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos nos EUA) de pessoas que utilizaram a droga, que foi aprovada para venda em 2006.

Em comunicado, a Pfizer afirmou que estava ciente dos tipos de riscos analisados, porém, declarou que os relatórios são inconclusivos. Para a empresa, o Chantix é seguro e eficaz quando utilizado corretamente.

O estudo afirma que a FDA revisará todos os relatórios, mas ninguém da agência foi encontrado para comentar as recentes descobertas. O próprio Chantix alerta que pode causar depressão, comportamento suicida, agitação e outras atividades incomuns.

Em maio deste ano, pesquisadores relataram o primeiro aumento de acidentes graves relacionados ao medicamento, como problemas na visão e cardíacos.

O diretor médico da subsidiária brasileira, João Fittipaldi, afirmou que o medicamento é seguro e só deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico. De acordo com ele, o estudo divulgado hoje nos Estados Unidos trata de "relatos espontâneos" e não é "possível estabelecer relação de causalidade" entre os problemas de saúde e o Chantix.

"É um produto que trata de um vício. Mesmo quando se pára de fumar sem o uso de medicamento, [a pessoa] pode apresentar uma série de alterações físicas e comportamentais", afirmou Fittipaldi.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Anvisa para comentar o caso, mas ninguém foi encontrado por volta das 18h30 desta quarta-feira.


* Matéria extraída da Folha Online.

outubro 22, 2008

Um grupo fechado

Foto: Lunara Soares

Estou eu com o meu amigo Emerson Araújo. Um reencontro depois de aproximadamente vinte anos, em comemoração, a contragosto, e antecipado, dos meus 50 anos.
Confesso, mais uma vez, que imaginava apenas uma reunião do Grupo Tarântula: Airton Sampaio, Bezerra JP, J. L. Rocha do Nascimento e este blogueiro, e apenas para discutir a coletânea de contos a ser publicada em 2009, março. Fui enganado, no entanto. Como já mencionei aqui, imaginava celebrar apenas os meus 100 anos. E não os meus 50 anos.
Claro que senti faltas de pessoas de meu benquerer. Kenard Kruel, na postagem reproduzida abaixo, mencionou apenas três delas: ele próprio, Bezerra JP e Renata Pitta.
Contudo, é relevante salientar, por oportuno, que o Grupo Tarântula se limita aos quatro membros, referidos acima. As regras no grupo são de exclusão: a morte e o ingresso em qualquer academia. O que dá no mesmo, admite-se. De sorte que não há neo, novel, novo tarântula. Há figuras que são benquistas dos tarântulas, como, por exemplo, Emerson Araújo, F. Wilson, Kenard Kruel e Renata Pitta. Mas não são tarântulas, e não serão.
A questão, meus caros, é de princípio.
P.S.: Depois de sacramentada a reunião do Grupo Tarântula como uma mera justificativa para a celebração, a contragosto, de meus 50 anos, constatei, triste, a ausência de Kenard Kruel. Preferiu ele - confira a postagem Joely Rocha (se os espíritos não os excluirem do blog de KK) -, confratenizar, mais uma vez, agora no sítio dos Ramos (Renzo e Ana Lúcia), a eleição de Rosário Bezerra, e não posso o condenar. É uma questão de opção.
A minha esperança é que, ao comemorar os meus 100 anos, tenha o Kenard Kruel ao meu lado, quer porque, a essa altura, o PT já não exista ou, existindo, que KK se convença que o PT é uma furada.

Faltando eles e ela

Foto: Lunara Soares

Tarântulas M. de Moura Filho, Airton Sampaio, J. L. Rocha do Nascimento e o neo Tarântula Emerson Araújo. Amigos deste o século passado. Em falta: Kenard Kruel (doido), Bezerra JP (desorientado) e Renata Pitta (abestada). Foto sem crédito (acompanhando o autor da Kenard Kaverna. Ô, meu Deus! Que fazer para recuperá-lo? Perdoar é divino, diz o don Solda).


* Postagem extraída do blog Kenard Kruel: entre sem bater, veiculada hoje.

Jean-Marie Gustave Le Clézio é o Prêmio Nobel de Literatura

Foto sem crédito conhecido.

Busque ler O peixe dourado, O africano, A quarentena e Diego e Frida, de Jean-Marie Gustave Le Clézio, escritor francês, todos publicados no Brasil, se você é daqueles que se interessa por prêmio Nobel de Literatura. O último prêmio Nobel de Literatura destinado a uma francês deu-se em 1985, com Claude Simon.
Jean-Marie Gustave Le Clézio, 68 anos, não é bem um nome do grande público mundial, mas é tido na França como um dos maiores escritores da língua francesa de hoje, e venceu, na premiação, nomes como o americano Philip Roth e o britânico Ian McEwan.

outubro 21, 2008

Meu bom doutor,*

me-diz o Polidoro, de Zuza um dos netos, que o senhor não me-alue, que desatina meu contar, em pessoa minha veneranda descrê, mas mentiroso saiba eu não sou, o citadino respeite o sertanejo decano aqui, embrenhado nessas lonjuras desde a invenção do mundo. Ah, bem, nesse conforme fica mais bom, moço, por isso relevo, mas tento tome que Mão Sinistra domada ainda agora segue pela outra, a Destra, e se-sorria não em mangaria e ao velho aqui repita não isso nunca mais ao senhor peço, até encareço. Bom, assim é mais direito, nesse molde tudo entra nos corretos, nos estreitos, nos estribos, conselho entretanto dou jamais galhofe de novo o moço de matuto de cabelos de lã, que doutor de cidade ignora o estrupício de Esquerda Mão de homem quando da Direita se liberta e, desdominada, o avesso de Deus fica. Certo, já disse que adesculpo, vosmecê solicita reconsideração e eu defiro o pleito, porém não nunca bula mais não com o Demo, que Destino é quando menos se-espera o futuro invade o hoje da gente, então não desatine outra vez não pois quem no final das contas o moço que nem barba tem pensa que é pra desarrazoar estórias de tempos de antanho, do Avô do Avô do Avô? Pois não, pois sim, mas veja o sinhozinho que esse mundo é tudo muito misturado, o Bem no Mal, o Mal no Bem, entonce perscrute com o corpo, oiça com os olhos, olhe com os ouvidos, sinta com o pensar que hora há a de falar e a de calar, que tempo há o de plantar e o de colher, que dia há o de acordar e o de dormir, por isso se-eduque, se-atine, se-alue, conta se-dê que coelho tem orelha grande é pra não virar cenoura mais ligeiro, que cobra só se-achamega com outra de longe em longe por causa de que se se-enroscarem demorado de mais aves há, essas de rapina, bem aí no céu em espreita, e camaleão muda a cor pra despiste da sempre tocaiosa morte, não sabe disso não, o senhor? Ora, então se-assabedoreie mais, que se viver já por si perigoso é para que tornar mais arriscado o que periclitado, por desnaturada natureza, é? Claro, filho, de nada, se bem concluo adveio de extrema mocidade a imprudência essa a sua, mas mais se-cuide que na vida a morte pode ser besta de mais, como a do compadre Ciprião, por desvalia da mulher do pacato Mineu Medonho, que em revide de honra manchada lhe-retalhou como a um porco. Que, por estas bandas, nestes distantes, ainda inteiriça é a Lei e os artigos dela vigem todos, mas doutor promotor vossa mão em paz estendida com gosto aperto e abraço de boas-vindas lhe-dou a nossa antiga Catolé das Matracas, aconchego e auguro boas-cheganças, mas beber olhe, doutor, não beba assim, pelo menos não igual ao juiz Liminha, homem bom porém do Frege da Nhá Preta contumaz se-pode dizer ficou desde a morte da mulher, na Capital, de doença tão feia que nome nem dizer se-deve a gente, que seguro morreu foi de velho, viu, doutor promotor agora aqui chegado e sem nem pêlo nas faces, ainda.


* Conto de Airton Sampaio, como se vê, publicado hoje no Confraria Tarântula.

Instantâneos da reunião ampliada dos Tarântulas

Amigos com vínculos também literários: este blogueiro, F. Wilson, J. L. Rocha do Nascimento, Emerson Araújo e Airton Sampaio.

Este blogueiro com um grupo de seu benquerer: Thiago, Lunara, Gilnaira, Edson, Dona Jesus, J.L. Rocha do Nascimento e Zenaide.

Este blogueiro com o sobrinho Sérgio Filho. Registre-se que, por conta desta foto, Sérgio Filho perdeu a partida que jogava. Depois, isolado, concentrado, apenas vitórias.

Este blogueiro, Airton Sampaio, J. L. Rocha do Nascimento e Emerson Araújo. Amigos deste o século passado.

Mostra em Londres reúne fotos de guerra de Robert Capa*


Uma mostra em Londres reúne fotos de guerra feitas pelo renomado fotógrafo Robert Capa entre os anos de 1936 e 1945. This is War (Isso é guerra, em tradução literal), em cartaz no centro cultural Barbican, traz imagens famosas como O Soldado Caindo e a chegada dos soldados na praia de Omaha, na França, no início das operações do Dia D - o desembarque de várias tropas das forças aliadas na costa da Normandia, que acabou mudando o rumo da Segunda Guerra Mundial. As séries escolhidas para compor a mostra incluem fotos feitas por Capa durante a Guerra Civil espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a Segunda Guerra Mundial. A mostra exibirá ainda, pela primeira vez, imagens da recém-descoberta "mala mexicana", uma valise que pertencia ao fotógrafo e que ficou perdida por 70 anos. Na mala foram encontradas fotos inéditas feitas durante a Guerra Civil espanhola, inclusive do movimento dos refugiados saindo de Barcelona em direção à França. Autêntico A foto mais polêmica presente na exposição é também uma das mais conhecidas do fotógrafo: O Soldado Caindo, feita em 5 de setembro de 1936 em Córdoba. Durante anos houve debate sobre a autenticidade da foto, que mostra um soldado baleado caindo no momento de sua morte, ainda com o rifle na mão. Em 1970, começaram as especulações de que o soldado teria, na verdade, posado para o fotógrafo e que a cena não seria real. A mostra "This is War" traz outras 50 imagens feitas por Capa e sua parceira, Gerda Taro, na frente de batalha, no mesmo dia. Além das séries expostas na mostra, Robert Capa registrou ainda imagens da Guerra de Independência de Israel e a Guerra da Indochina. Ele morreu em maio de 1954, depois de pisar em uma mina terrestre enquanto fotografava as manobras francesas no delta do Rio Vermelho.
A exposição This is War com fotos de Robert Capa fica em cartaz no Barbican, em Londres, até o dia 25 de janeiro.



* Matéria extraída de UOL Notícias, produzida pela BBC Brasil. A foto que ilustra a postagem - O soldando caindo - não integra a matéria transcrita.

Santana: Caravanserai

Caravanserai (1972), produzido por Carlos Santana e Michael Shrieve, é um dos melhores álbuns do músico mexicano. Santana, aliado a um time competente de músicos (Neal Schon, Gregg Rolie, Lenny White, Jose Chepito Areas, Armando Peraza, Tom Coster, Handley Caaliman, Rico Reyes e Mike Shrieve), passeia pelo jazz, rock, salsa.
Destaques para Look up (to see what's coming down), Song of the wind, Future primitive, Eternal caravan of reincarnation, Stone flower e La fuente del ritmo.
Ouça sempre.

Mais trens de Jim Shaughnessy

Leolyn, Pennsylvania, 1957

Mechanicville, New York, 1958

Painesville, Ohio, 1955

Sutton, Quebec, 1955

St. Thomas, Ontario, 1956

The Call of Trains

Jim Shaughnessy, aos 13 anos, em 1946, começou a fotografar trens. E os fotografou por 20 anos, registrando a declínio do trem a vapor e a ascenção do a diesel. As fotografias estão The call of trains, que será lançado em novembro, 3.

Os trens de Jim Shaughnessy

Watervliet, New York, 1974

Troy, New York, 1955

Arlington, Vermont, 1949


Fort Erie, Ontario, 1956

Dunkirk, New York, 1957

Toronto, Ontario, 1957

Deve-se a veiculação neste blog das fotos de Jim Shaughnessy à postagem nO Blog do Dodô.

Máximo

outubro 19, 2008

Uma reunião ampliada dos Tarântulas

Era para ser apenas uma reunião do Grupo Tarântula. Marcada para as 17h00min., no apartamento de J. L. Rocha do Nascimento, logo se soube que Bezerra JP não estaria presente: perdeu-se entre a residência de Airton Sampaio e a do anfitrião, acompanhando-me. Várias foram as tentativas para resgatá-lo. Todas inúteis. Uma pena. Afinal, a reunião era importantíssima, dada a aproximidade do prazo para a entrega dos contos que se destinam à coletânea a ser publicada em 2009, março.
Mesmo assim o encontro se deu. Apenas eu, ao que parece, não sabia que seria uma reunião ampliada: não demorou muito, incorporaram-se aos contistas
Airton Sampaio,
J. L.Rocha do Nascimento,
e este blogueiro,
Zenaide, também anfitriã,
Lunara Soares,
Dona Jesus Soares,
Gilnaira Soares,
Thiago Brandim,
Edson Araújo,
os poetas F. Wilson
e Emerson Araújo, com a sua colibri.
Assim, antecipou-se a celebração de 50 anos do nascimento deste blogueiro. Confesso que contra a minha vontade. Planejava, em verdade, celebrar apenas os meus 100 anos. Mas valeu. Obrigado a todos.