Deprimente, para se dizer o mínimo, o fim da Sessão Plenária de quarta-feira, 22, da mais alta Corte do país. O imblóglio deu-se entre os ministros Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, e Joaquim Barbosa. A baixaria encontra-se em vídeo, que seguir se reproduz:
No momento em que fragilizado o Congresso Nacional, pelas farras ali cometidas, o Supremo Tribunal Federal, com o episódio de quarta-feira, expõe cizânia interna, que arrasta a instituição à crise. Afinal, não obstante o tratamento mesureiro e o local onde se deu o ríspido diálogo, pareciam os ministros com dois valentões embriagados, num boteco ordinário, prestes a se esfaquearem. Uma vergonha, sem dúvida.
Por óbvio, é inaceitável a declaração do ministro Gilmar Mendes de que o episódio lamentável não gerou crise alguma no Supremo Tribunal Federal, exceto se se tiver sob a mira a mera defesa da instituição. A crise manifestamente existe. Por isso, os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Menezes Direito e a ministra Cármen Lúcia, reunidos logo após a Sessão Plenária, produziram nota em que "reafirmam a confiança e o respeito ao Senhor Ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como Presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data."
Registra-se que não é o primeiro entrevero entre os dois ministros. O vídeo abaixo é de setembro de 2007:
O Brasil é um país estranho. Diante da vergonhosa refrega entre altas autoridades do país, ao invés da censura, a solidariedade, os aplausos, como se deu na sexta-feira, no Rio de Janeiro, com o ministro Joaquim Barbosa saindo à rua. Enquanto isso, não ocorre, por exemplo, a evocação da Lei Orgânica da Magistratura para o enquadramento dos intrépidos ministros.
O Brasil é um país estranho. Diante da vergonhosa refrega entre altas autoridades do país, ao invés da censura, a solidariedade, os aplausos, como se deu na sexta-feira, no Rio de Janeiro, com o ministro Joaquim Barbosa saindo à rua. Enquanto isso, não ocorre, por exemplo, a evocação da Lei Orgânica da Magistratura para o enquadramento dos intrépidos ministros.
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