CADÊ?

janeiro 17, 2011

Uma nova política do Ministério Público?


Tenho acompanhado com interesse a posição do Ministério Público Estadual, representado pela Promotora de Justiça Leida Diniz, quanto ao repasse de verba pública municipal às escolas de samba de Teresina. A Promotora de Justiça, em síntese, opõe-se ao mimo do Município às agremiações momescas porque há carência de recursos públicos para a Saúde e Educação. Há quem sustente que a autoridade buscou, em verdade, holofotes, e que, da mesma forma que Saúde e Educação, Cultura também é obrigação estatal - defendem, mais, que, no caso do carnaval, além de manifestação cultural, há geração de empregos e rendas e incremento do turismo.
A discussão levantada, a partir da postura do Ministério Público, já surtiu efeito. A presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Laurenice França, buscou sensibilizar o Ministério Público, assegurando que carnaval, nos moldes até então realizado, findaria neste ano - nos anos subsequentes trabalhará em conjunto com cada grupo a fim de promover atividades que gerem fundos para financiar os desfiles, como registrado no Cidade Verde.
Vejo no episódio alento para barrar o acesso à burra pública a cada iniciativa cultural. Está mais do que na hora do produtor cultural bancar suas iniciativas, a menos, é claro, que se sujeite a algum certame público.
É esperar, pois, que a postura do Ministério Público se estenda aos eventos culturais privados (mais do que o carnaval) bancados, ainda que parcialmente, com o dinheiro público, principalmente quando estes eventos geram receitas.



Nenhum comentário: