Deu chabu na empreitada do Ministério da Cultura, aliado a parlamentares, de cornetear campanha eleitoral intempestivamente e com recursos públicos. O folder, bancando pela arca do Ministério da Cultura, lista projetos culturais em tramitação pelo Legislativo, e, como se vê na imagem, recomenda o apoio a parlamentares afinados com esses projetos.
O material chegou ao conhecimento de senadores em reunião conjunta de Comissões do Senado para discutir o Vale-Cultura. Porque assinado pelo Ministério da Cultura, Câmara dos Deputados, Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura e pelo Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Juca Ferreira, o ministro da pasta, a princípio, apontou a Frente Parlamentar como a responsável pela produção do folder, no que foi retrucado pelo senador Demóstenes Torres. Mais tarde, o ministro Juca Ferreira afirmou que o folder foi, sim, pago pela burra pública. O senador Demóstenes Torres promete representação contra o ministro à Procuradoria-Geral da República, por vislumbrar na confecção do material ato de improbidade administrativa.
De quebra, o folder criou resistência maior ainda, no Senado, ao Vale-Cultura.
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