Lá estava eu, em outubro, 28, depois de um dia cansativo de reuniões, na Livraria Leitura, no Shopping Pátio Brasil, em Brasília, à espera de Reinaldo Azevedo, para o lançamento de O país dos petralhas. Ansioso. Não pelo lançamento em si, mas pelo receio de que, como quase tudo neste país, o evento atrasasse. Afinal, meu vôo de volta para Teresina dar-se-ia por volta de 22h00min., horário local. Qual nada! Exatamente às 19h00min. o autor apresentava a sua obra, mencionando, inicialmente, que os artigos que compõem o livro foram selecionados entre posts veiculados em seu blog e trabalhos publicados em O Globo. Promoveu, em seguida, relato sobre suas experiências jornalísticas.
Confessou-se, depois, trotskista na juventude, e que, com 21 anos, desencantou-se com o socialismo. Refutou a tentativa da esquerda de equiparar a social democracia com o socialismo.
Azevedo justificou suas críticas ao Partido dos Trabalhadores. Firmou que o PT busca fulminar a democracia com iniciativas como a de criar o Conselho de Jornalismo, em que sindicalistas, que não conhecem redações de jornais, iriam avaliar os textos que poderiam ser publicados, e a de controlar toda a produção audiovisual do país, como TV e cinema. Tais propostas, avalia Reinaldo Azevedo, foram rejeitadas pela sociedade, e, por isso, não vingaram.
Lembrou, em outro momento, que a moral é individual enquanto a ética é coletiva. E a ética é que deveria estabelecer a convivência entre os contrários. Mas, sustenta, isso não ocorre com o PT. Deu como exemplo a propaganda eleitoral de Marta Suplicy, em São Paulo, em que apontava o seu adversário, Gilberto Kassab, de ser solteiro e não ter filhos, sugerindo uma possível homossexualidade. Logo uma defensora conhecida dos homossexuais, participante festiva de paradas gays.
O PT, segundo Reinaldo Azevedo, acusa-o de estar ganhando dinheiro em cima de Lula. Mas sustenta que é dinheiro honesto, e não de mensalões, dólares na cueca, etc. Dizendo-se contente com o sucesso do livro, afirma, irônico, que tanto os banqueiros quanto ele estão ganhando dinheiro com Lula.
Para encurtar, foi uma apresentação inteligente, elegante, estabelecendo claramente a posição que tem, com coerência. Ao final, franqueou a palavra para os presentes, e aí extraiu elogios.
Depois de 1 hora, a sessão de autógrafos. Sempre simpático, conversou com cada um dos leitores. Lembrei-lhe que o amor ao Corinthians o une a Lula. Disse apenas que nem imagino como lhe é delicioso ver o seu time em campo. Pelo visto, Lula é, para Reinaldo Azevedo, também, um incômodo torcedor corintiano.
Retornando a Teresina, e antes de adormecer, fiz uma comparação da postura de Reinaldo Azevedo com o comportamento de alguns intelectuais deste filho do equador, que, tão virulentos, em alguns momentos, com o governo estadual do PT, não conseguem viver sem a burra pública. E, neste ponto, convenci-me que a direita é mais honesta do que a esquerda.
Lembrou, em outro momento, que a moral é individual enquanto a ética é coletiva. E a ética é que deveria estabelecer a convivência entre os contrários. Mas, sustenta, isso não ocorre com o PT. Deu como exemplo a propaganda eleitoral de Marta Suplicy, em São Paulo, em que apontava o seu adversário, Gilberto Kassab, de ser solteiro e não ter filhos, sugerindo uma possível homossexualidade. Logo uma defensora conhecida dos homossexuais, participante festiva de paradas gays.
O PT, segundo Reinaldo Azevedo, acusa-o de estar ganhando dinheiro em cima de Lula. Mas sustenta que é dinheiro honesto, e não de mensalões, dólares na cueca, etc. Dizendo-se contente com o sucesso do livro, afirma, irônico, que tanto os banqueiros quanto ele estão ganhando dinheiro com Lula.
Para encurtar, foi uma apresentação inteligente, elegante, estabelecendo claramente a posição que tem, com coerência. Ao final, franqueou a palavra para os presentes, e aí extraiu elogios.
Depois de 1 hora, a sessão de autógrafos. Sempre simpático, conversou com cada um dos leitores. Lembrei-lhe que o amor ao Corinthians o une a Lula. Disse apenas que nem imagino como lhe é delicioso ver o seu time em campo. Pelo visto, Lula é, para Reinaldo Azevedo, também, um incômodo torcedor corintiano.
Retornando a Teresina, e antes de adormecer, fiz uma comparação da postura de Reinaldo Azevedo com o comportamento de alguns intelectuais deste filho do equador, que, tão virulentos, em alguns momentos, com o governo estadual do PT, não conseguem viver sem a burra pública. E, neste ponto, convenci-me que a direita é mais honesta do que a esquerda.
4 comentários:
Sempre foi, Leonam. A direita sempre foi menos hipócrita que a esquerda e menos desonesta que a falsa esquerda, essa aí de WD, AJM, AC, RS, AN, FI, JD, etc.
Agora, amigo Airton, imagine alguns intelectuais, como escritores, produtores culturais, com seus discursos contestadores, independentes, espinafrando o governo estadual do PT enquanto se servem da burra pública. E não venham me dizer que o Estado nada mais faz do que sua obrigação em servir a esse povo.
Quanto honestidade intelectual!
São os Procustros (um dos filhos de Poseidon) e seu famoso leito, lembra-se? Para Procustro, não havia problema: era o corpo demasiado para a cama ou a cama demasiada para o corpo? Simples: No primeiro caso, corta-se o corpo para caber na cama ou aumenta-se a cama para caber o corpo; no segundo, corta-se a cama para caber o corpo ou estica-se o corpo para caber na cama. São assim, procustrianos, nossos intelectuais, inclusive os da Geração Pós-69 que, depois que o PT chegou ao governo, eu vi que nunca existiu. Geração de 1970 é rótulo mais honesto. Abração!
Devemos nos cortar a mão esquerda para não sofre na mão direita, pois meia posição não existe.
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