CADÊ?

março 03, 2009

Impressões de um leitor: Marcas da ditadura no Piauí

Capa: Daguia Rodrigues

Os fatos relacionados ao regime militar, iniciado com a deposição de João Goulart, ocorridos no Piauí, ainda não foram servidos à sociedade, de maneira satisfatória, por quem se propõe a fazê-lo. Lembro-me de que, em minha primeira postagem, neste blog, referi-me, decepcionado, ao Tempo de contar, de Jesualdo Cavalcanti, porque supus tratar-se de livro sobre o período negro iniciado em 1964 do Piauí, como impresso em sua contracapa, e ali encontrei as memórias do autor.
Marcas da ditadura no Piauí, de Deoclécio Dantas, não é, definitivamente, a resposta  esperada para se ter, pelo menos, um painel histórico do período ditatorial no Estado do Piauí. E nem tem este propósito, posto que, como nele mencionado, é constituído por  artigos veiculados no Diário do Povo.  Mas, certamente, é um bom começo...


P.S.: A foto de Deoclécio Dantas, extraído do site de Clementino Siqueira, é de autoria não identificada.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Não gosto de homem..."

Ilustre Manoel, amigo de tantas horas de conversas várias e sempre mal concluídas em virtude da escassez de tempo. Momentos que intercalados por baforadas (confesso que nunca me importei com nada disso, a despeito de haver deixado o costume - os rebeldes chamam vício), ali naquele espaço destinado aos "abdomináveis" fumantes, nos desmanchávamos em sorrisos quando eram para tanto os temas, ou nos debruçávamos sobre questões às quais o arguto espírito papiniânico incorporava o sábio e douto acervo do ilustre para ao fim e ao cabo mostrar a trilha a seguir.

Daquelas conversas não me lembro ter feito constar uma envolvendo um político de Teresina, muito conhecido por sua presença de espírito e a verve imbatível. Trata-se do saudoso Vereador Francisco Figueiredo de Mesquita.

Contam os mais antigos que nos idos da década de 60, Figueiredo tinha um programa chamdo "Almanaquinho do Ar", levado aos lares atraves das Ondas Médias da Rádio Difusora de Teresina. Figueiredo era um desses eternos convictos de suas convicções - com o perdão do trocadilho infame -, e tão convicto era que chegava a ser convicto até do não tinha convicção, desde que assim lhe aprouvesse. Espíritio arguto, mas, não media consequências quando queria dizer algo. Assim, por seu repúdio à "Ditabranda" (copyright Folha), diariamente descia o malho no regime e mal terminava o programa, já o esperava uma patrulha do Exército para conduzi-lo ao Comando da Guarnição Federal, à época sediado no 25º Batalhão de Caçadores.

Certa feita, ao chegar àquele aquartelamento, o jornalista foi recebido por um Oicial de Dia que, movido por seu desejo de ser arrogante com o preso, dirigiu-lhe a palavra em tom jocoso.

Figueiredo trajava um terno listrado e estava de pé sobre a calçada da frente do Pavilhão de Comando. O Oficial aproximou-se e empertigado, do alto da sua empáfia,soltou:

- Figueiredo, fique sabendo que eu não gosto de homemde terno listrado!

Imediatamente retrucou Figueiredo:

- Pois taí, tenente,eu já não gosto de homem é de jeito nenhum!

M. de Moura Filho disse...

Amigo, que bom te ter como leitor. Melhor ainda comentando postagem.
Obrigado pela visita e participação.

Anônimo disse...

Ñem há por quê agradecer-me nobre amigo. Ouso, tardiamente, pedir desculpas por não haver cumprido a ordem recebida e par redimir-me, atrevo-me a servir de repasto aos gracejos e chacotas dos mais dotados de conhecimentos de Español. Confesso, honestamente a minha ignorância da língua, contudo, atrevido que sou, lanço-me na aventura de repassar a piada do Ary Toledo. Perdoem-me os blogueiros e corrijam-me quandp necessário.



Esta é do Ary Toledo.
certamente que enxertei temas atuais, para desgsoto de alguns. "Tsc, tsc, tsc."


Em cuba, o paraíso da “Ditadoce” (perdão, “Seu Lunga”), Gritava o bêbedo do alto púlpito da “coragem etílica”. Momento indescritível que lhe emprestava a sua embriaguez:

- Gobierno de mierda! Gobieeeerno de mieeeeeeerda! Gobierno de mierda! Gobernico de mierda! Tiquitito gobierno de mierda!

Um policial apareceu acompanhado de um síndico de bairro (“comissário do povo”). Imediatamente o Policial deu “voz de prisão” ao desequilibrado cucaracha.

- Está preso, estabas hablando mal del gobierno!

- Non, senõr non estaba hablando mal del gobierno de Cuba. Estaba hablando mal del gobierno de la Ar – gen – ti – na! Esto mismo: El gobierno de la Argentina es una mierda!

- Non escusa! Yo se que el único gobierno de mierda es este mismo! Estás preso!