Marta Suplicy é uma mulher elegante. Não é de sair ao meio-fio sem levar uma camada de cosméticos à face que Deus lhe deu e que Ivo Pitanguy retocou.
Encobre o corpo com etiquetas de Valentino e Ives St. Laurent. Quando muito, faz uma concessão à calça "fuseau", de lycra.
Educada com esmero, traz as sinapses no lugar. Às vezes, a conexão entre dois neurônios vizinhos resulta, no caso dela, em explosão. No mais, costuma ser sensata.
Educada com esmero, traz as sinapses no lugar. Às vezes, a conexão entre dois neurônios vizinhos resulta, no caso dela, em explosão. No mais, costuma ser sensata.
Estranho, assim, que Marta tenha permitido que sua campanha descambasse para o mata-e-esfola. É como se fechasse os olhos para a selvageria que abomina.
Nesta terça, nas pegadas da peça enviesada de TV, o petismo pôs-se a distribuir em São Paulo um panfleto curioso (capa lá no alto).
No texto, o comitê de Marta diz que o ‘demo’ Gilberto Kassab deseja, veja você, “derrubar” Lula.
Distribuído durante uma caminhada de Marta, o folheto sustenta que Kassab, por “inimigo”, quer acabar com os programas sociais do presidente.
Instada a comentar a peça, Marta saiu-se, de novo, à Lula: "Deus me livre, eu não sabia disso não". Disse que consegue inspecionar "milhares de panfletos".
"Eu acompanho a elaboração de propostas", esquivou-se. "Eu só posso ser criticada, ser responsável, pelas propostas que faço".
Disse, em suma, que freqüenta seu próprio comitê a passeio. Pediu para ser vista como boba involuntária, não como adepta espontânea da baixaria.
A integração do indivíduo ao grupo é, invariavelmente, um processo de aviltamento. No caso de Marta, é como se a uma tivesse de se rabaixar para se adaptar ao todo.
Em nota, Carlos Zarattini, o coordenador-geral do comitê de Marta, assume o papel de franco-atirador que a candidata rejeita.
Classifica de “desrespeito à democracia” o fato de Kassab ter obtido na Justiça Eleitoral uma liminar que ordena o recolhimento do panfleto petista.
Alega que Kassab apegou a um trecho da publicação “para afirmar que o estamos acusando de racismo”.
Refere-se ao pedaço do panfleto em que o prefeito ‘demo’ é responsabilizado pela “redução do pré-natal de gestantes negras”.
Zarattini conclui: “Infelizmente o atual prefeito, amparado pelos setores mais conservadores e atrasados da cidade, conseguiu medida liminar que censura nosso material e impede sua circulação...”
“...Tal procedimento demonstra, outra vez mais, sua verdadeira personalidade: descamba para ações próprias da ditadura militar derrotada pelo povo brasileiro, mas que serviu de pia batismal para o partido ao qual pertence o candidato Kassab”.
Compreende-se que Zarattini esteja abespinhado com Kassab. É do jogo. O que espanta é o incômodo do grão-petista com o Estado de Direito.
Ora, condenar o rival por ter recorrido à Justiça contra algo que julga ofensivo ou incorreto é coisa de quem não sabe –ou finge não saber—o que foi a ditadura.
Ou Marta Suplicy toma conta da casa de elefantes em que se converteu o seu comitê ou sairá da refrega eleitoral bem menor do que entrou, inteiramente integrada à baixeza geral da política.
No texto, o comitê de Marta diz que o ‘demo’ Gilberto Kassab deseja, veja você, “derrubar” Lula.
Distribuído durante uma caminhada de Marta, o folheto sustenta que Kassab, por “inimigo”, quer acabar com os programas sociais do presidente.
Instada a comentar a peça, Marta saiu-se, de novo, à Lula: "Deus me livre, eu não sabia disso não". Disse que consegue inspecionar "milhares de panfletos".
"Eu acompanho a elaboração de propostas", esquivou-se. "Eu só posso ser criticada, ser responsável, pelas propostas que faço".
Disse, em suma, que freqüenta seu próprio comitê a passeio. Pediu para ser vista como boba involuntária, não como adepta espontânea da baixaria.
A integração do indivíduo ao grupo é, invariavelmente, um processo de aviltamento. No caso de Marta, é como se a uma tivesse de se rabaixar para se adaptar ao todo.
Em nota, Carlos Zarattini, o coordenador-geral do comitê de Marta, assume o papel de franco-atirador que a candidata rejeita.
Classifica de “desrespeito à democracia” o fato de Kassab ter obtido na Justiça Eleitoral uma liminar que ordena o recolhimento do panfleto petista.
Alega que Kassab apegou a um trecho da publicação “para afirmar que o estamos acusando de racismo”.
Refere-se ao pedaço do panfleto em que o prefeito ‘demo’ é responsabilizado pela “redução do pré-natal de gestantes negras”.
Zarattini conclui: “Infelizmente o atual prefeito, amparado pelos setores mais conservadores e atrasados da cidade, conseguiu medida liminar que censura nosso material e impede sua circulação...”
“...Tal procedimento demonstra, outra vez mais, sua verdadeira personalidade: descamba para ações próprias da ditadura militar derrotada pelo povo brasileiro, mas que serviu de pia batismal para o partido ao qual pertence o candidato Kassab”.
Compreende-se que Zarattini esteja abespinhado com Kassab. É do jogo. O que espanta é o incômodo do grão-petista com o Estado de Direito.
Ora, condenar o rival por ter recorrido à Justiça contra algo que julga ofensivo ou incorreto é coisa de quem não sabe –ou finge não saber—o que foi a ditadura.
Ou Marta Suplicy toma conta da casa de elefantes em que se converteu o seu comitê ou sairá da refrega eleitoral bem menor do que entrou, inteiramente integrada à baixeza geral da política.
* Postagem extraída do blog de Josias de Souza, publicada ontem.
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