Vejo, no blog do cartunista Solda, que Procurador junto ao Tribunal de Contas da União contesta os valores de indenizações concedidas ao Ziraldo, ao Jaguar e à família de Lamarca. Anota o cartunista:
"O procurador-adjunto do Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, entrou com uma representação pedindo que o tribunal reveja as indenizações milionárias pagas pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça a personalidades públicas como Jaguar, Ziraldo e Lamarca.
Essas indenizações, pagas em prestações mensais, permanentes e continuadas, serviriam para reparar perdas por perseguição política durante a ditadura. O procurador entende que há falhas graves nos processos da viúva do capitão Carlos Lamarca e dos jornalistas Ziraldo e Jaguar. Para ele, os benefícios à viúva de Lamarca, Maria Pavan Lamarca, e seus dois filhos deveriam ser reduzidos. Eles receberam R$ 300 mil como compensação pelos dez anos do exílio em Cuba e pagamento retroativo de R$ 902.715,97 relativo a salários não recebidos. Além disso, a morte de Lamarca em 1971 - quando foi promovido de capitão para coronel - deu à viúva o direito a pensão de R$ 12.152,61, equivalente à de general de divisão.
Se a representação for acolhida, das 24.560 indenizações já concedidas pela comissão, cerca de 90%, que são benefícios mensais, poderão ser revisadas. Para pagar essas indenizações, o governo gastou R$ 2,4 bilhões com retroativos, R$ 124,8 milhões com pagamentos em parcela única e R$ 377,8 milhões por ano com benefícios mensais continuados - que passarão a ser recebidos por filhos e dependentes quando os atuais titulares morrerem. Desde a criação da Comissão de Anistia, foram abertos 60,3 mil processos de reparação de danos por perseguição política."
Lembrei-me de que, no Parque Piauí, na década de 1970, um grupo idealizou, editou e veiculou o jornalzinho mimeografado intitulado O Osso. Lembrei-me que, ao distribuir uma das edições, numa noite qualquer, eu, J. L. Rocha do Nascimento e Amaral, entre outros, sentimo-nos perseguidos por agentes da repressão. O sentimento reinante, lembro-me ainda, era o de que, não demoraria muito, seríamos presos. Pura paranóia.
Daí não entender por que, vira e mexe, um ou outro, nesta terra castigada pelo Sol, invoca que foi preso pela ditadura militar, sem que se tenha notícia de qualquer pleito de indenização. Parece querer, cada um, com isto, apenas compor um tipo glamoroso, esquecendo que o tempo é outro. Muitos daqueles que foram perseguidos e presos no regime militar, e que integraram o governo Lula, arrostaram a lei e foram denunciados pelo Ministério Público.
A foto publicada, sem crédito, foi extraída do Blog do Rômulo.
Lembrei-me de que, no Parque Piauí, na década de 1970, um grupo idealizou, editou e veiculou o jornalzinho mimeografado intitulado O Osso. Lembrei-me que, ao distribuir uma das edições, numa noite qualquer, eu, J. L. Rocha do Nascimento e Amaral, entre outros, sentimo-nos perseguidos por agentes da repressão. O sentimento reinante, lembro-me ainda, era o de que, não demoraria muito, seríamos presos. Pura paranóia.
Daí não entender por que, vira e mexe, um ou outro, nesta terra castigada pelo Sol, invoca que foi preso pela ditadura militar, sem que se tenha notícia de qualquer pleito de indenização. Parece querer, cada um, com isto, apenas compor um tipo glamoroso, esquecendo que o tempo é outro. Muitos daqueles que foram perseguidos e presos no regime militar, e que integraram o governo Lula, arrostaram a lei e foram denunciados pelo Ministério Público.
A foto publicada, sem crédito, foi extraída do Blog do Rômulo.
4 comentários:
Se todo mundo foi perseguido pelos militares, então eu também fui. E cadê o meu?
Se não são casos típicos de paranóia, meu caro Airton Sampaio, estarei certo de que querem manter tipo glamoroso mesmo. Equivocadamente, claro.
Bote paranóia nisso Leonam. E veja que nós ainda pensamos em recolher a edição do velho "osso", de casa em casa, meu Deus!, que tempos aqueles!
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