Por Emerson Araújo
Continuo insistindo com o óbvio ululante e não refaço o que eu escrevo, pois tenho me posto na condição de leitor e por isso insisto mais uma vez não esgotem o conteúdo dos blog’s com o besteirol tupiniquim, provinciano, sem nenhum valor. E aceitem as sugestões dos leitores, sejam eles Zé da égua, Zé da vaca, Zé grilo, qualquer Zé nestes rincões de zés e marias a mercês do nada. Ah, aprendi como professor que o leitor é a parte mais forte da comunicação, como bacharel em direito não aprendi muitas coisas não, a não ser ler petições e amontoados de decisões sempre suspeitas. Por isso não sou advogado, sou professor: sou Zé.
Quanto à posição socialista que carrego foi opção mesmo sem traumas, sou de uma geração de zés humanistas, Zé de plantões contra as injustiças, a fome, a deseducação, Zé contra todos, Zé a favor sempre da liberdade, da expressão. Por isso as figuras públicas abomináveis aparecem de vez em quando por aqui, para mostrar que eles continuam abomináveis, que existem e se manifestam. Nunca fui stalinista, talvez o velho Leon esteja em meu sangue, mas nada de comer cenouras orgânicas, sou da roça, sou bicho, sou Zé, comedor de corredor de boi com farinha de puba e rapadura de cana que não serviu ao biocombustível, ainda.
Reafirmo sou do PT sim, mas sem benesses e quero que os outros que não são tenham o direito de ser. Não sou do PT pragmático e nem tenho nenhum cargo de favor, sou professor da rede estadual de ensino na sala de aula com o salário bloqueado por causa da burocracia que foi instalada de que sou crítico feroz. Sou professor: sou Zé. Sou do PT da Militância Socialista, esquerda sempre.
Agora reconheço que o blog é articulação do pensamento individual, do gosto personalíssimo de quem o conduz, de quem o formata, de quem o vende. Não sou vendedor de nada, se fosse estaria além de Timon ou então na direção de Barão de Grajáu, atravessando o rio sem canoa, sem remo. Mas fico por aqui mesmo sendo Zé da Égua, pelo menos terei a convicção de não perder o calcanhar como o pobre Aquiles das outras histórias. Sou leitor, sou Zé, Zé da Égua que se põe por inteiro.
* Postagem extraída do blog de Emerson Araújo, publicada hoje.
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